que não findou seu caminho,
já não está tudo tão claro?
Até certo ponto é primário.
Não há porque ser solitário.
Morrer na estrada.
Faz pouco caso das letras…
das palavras…
Chore, sim, sem lágrimas…
Sorria sem dentes,
ou com eles, amarelados,
pouco contentes.
Mas mesmo moribundo,
pedindo por água,
mas mesmo deprimido,
não vendo o horizonte,
mas mesmo cumprindo ou não sua meta.
sempre serás meu poeta!
Veja eu, sua poesia extremada
que rima sem ser rimada.
Que é feliz por si só
e completa só em si,
por saber ser por ti amada.
Adorada.
Meu poeta, meu poeta,
muitas vezes, fico calada
esperando ser lembrada e declamada.
Mas você, perdido na estrada,
não percebe que tá tudo tão claro.
Até certo ponto é primário!
Não há porque ser solitário!
* Esta poesia é uma resposta ao poema “Morte na estrada”
** Denys Presman é jornalista e brasileiro
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